Conferencista:
Makilim Nunes Baptista (IBAP)
Resumo:
Os transtornos de humor, mais especificamente a depressão é uma das mais prevalentes doenças da modernidade. Os sintomas presentes na depressão estão associados a diminuição do bem-estar, qualidade de vida, relacionamentos sociais e também à ideação, tentativa e o próprio suicídio. Os manuais psiquiátricos descrevem diversos sintomas ateóricos no auxílio do diagnóstico da depressão, no entanto, várias escalas sustentam sintomas não existentes nos manuais, muitas vezes mais importantes do que os próprios “core symptons”. As escalas psicológicas podem variar enormemente em diversos aspectos, tais como teorias que foram construídas, objetivo, formato de resposta, dimensionalidade, número de itens, dentre outras características psicométricas, o que, invariavelmente gera vantagens e limitações das mesmas. Pesquisas mais recentes vêm encontrando dezenas (senão centenas) de perfis sintomatológicos diferentes em pacientes com depressão, o que também reabre a discussão sobre a existência de não existir uma depressão, mas vários tipos de “depressões”. À parte, novas tecnologias tais como avaliação de humor por smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos vem ganhando espaço na área da pesquisa e clínica, o que demonstra um avanço nas micro medidas, gerando novos dados que começam a ser compreendidos pela ciência. Outros avanços na avaliação de humor se referem às novas ferramentas e análises estatísticas dos dados gerados pelas escalas de depressão, tais como as análises de rede, que podem produzir dados de relacionamentos intra sintomas, demonstrando, por exemplo, quais sintomas geram outros sintomas, o que pode ser de grande utilidade na prática clínica. Todos esses e outros avanços na medidas e análises da depressão já vem fomentando novas formas de compreensão do fenômeno, bem como intervenções mais específicas e eficazes no tratamento desse fenômeno.
Eixo:
II – Práticas profissionais da psicologia em contextos sem muros
Processo:
Processos de Avaliação