Data: 17/11/2018 a 18/11/2018
Hora: 08:00 às 10:00
Sala: 710
Autora: Maria Mercedes Whitaker Kehl Vieira Bicudo Guarnieri
Conteúdo:
A Psicologia, enquanto ciência e profissão tem se engajado em prol da transformação da realidade, o que exige comprometimento ético-político e frequentes tensionamentos, além da análise crítica a respeito desta realidade que se pretende transformar. No entanto, considera-se que a Psicologia em constante movimento, se constituem nos mais diversos espaços e tempos, inclusive em sua latinidade (colonizada), o que gera problematizações pertinentes às demandas da população/comunidade atendida. O Teatro do Oprimido, por sua vez, é um método teatral desenvolvido por Augusto Boal, após ser exilado por conta da ditadura militar implantada no Brasil. Nesta época, ele circulou por alguns países latinos e, posteriormente, se instalou na Europa. Com o término da ditadura, retornou ao Brasil, e inaugurou o Centro de Teatro do Oprimido, no Rio de Janeiro/RJ. Assim, o arsenal do Teatro do Oprimido, foi elaborado com a participação de pessoas de diferentes países, a partir da expressão singular e coletiva de suas respectivas opressões. Como se propõe um teatro posicionado e político, tem como uma de suas premissas o protagonismo das/os expectadoras/es, que durante o processo se tornam especta-atrizes/atores, isto é, rompe-se a dicotomia ator/atriz X espectadora/espectador, palco X plateia, a fim de que coletivamente todas/os possam experimentar possibilidades de enfrentamento às opressões. O mini-curso, com duração de 4 horas, propõe uma vivência coletiva teatral e multi-teórica, no intuito de desenvolver-se um ?ensaio para a vida?. Para isto, serão utilizados os joguexercícios e o Teatro Imagem. O primeiro contém as seguintes experimentações: sentir tudo o que se toca; escutar tudo o que se ouve; desenvolvimento dos vários sentidos ao mesmo tempo; ver tudo que se olha e a memória dos sentidos. Já o Teatro Imagem permitirá análises e leituras dialéticas, compreensão das contradições através da construção de imagens que podem ser o ponto de partida para outros movimentos. A perspectiva motivadora tem como objetivo uma reflexão a respeito da colonização da Psicologia, e sobre quais são as possibilidades de descolonizá-la, possibilitando as/aos participantes uma análise de implicação nestes processos: desmecanizar, des-especializar, compreender quais afetos e afetações estão envolvidos e como os sujeitos participam da construção da práxis.
Eixo: Práticas profissionais da psicologia em contextos sem muros
Processo: Processos Grupais (desenvolvimento de grupos em situações diversas; condução de dinâmicas de grupo; avaliação de processos grupais)
Área: Psicologia Social
Entidade: CFP – Conselho Regional de Psicologia – 6ª Região