Quando existir, dói: Depressão e suicídio nas diferentes etapas da vida

Entidade:
IBAP

Coordenador(a):
Naira Ravanny de Souza Lima

Financiador do coordenador:
CAPES

Resumo:
A depressão corresponde a 4,3% do total mundial de transtornos mentais e está entre as maiores causas de incapacidade em todo o mundo. Os sintomas principais são o humor deprimido e a anedonia (falta de prazer ou interesse), podendo em casos graves, apresentar ideação e tentativa de suicídio, sendo um dos principais fatores de risco ao suicídio. Nesse sentido, este trabalho visa apresentar a relação entre depressão e suicídio em diferentes etapas do desenvolvimento humano, contextualizando os principais sintomas para cada etapa, bem como especificidades da avaliação psicológica para cada uma. Para tanto, o primeiro trabalho tem como objetivo discutir os principais aspectos relacionados e depressão e suicídio na população infanto-juvenil. Na sequência, serão apresentados os principais dados sociodemográficos referente ao público adulto, contextualizando teoria e principais características da depressão e suicídio. Por fim, o terceiro trabalho objetiva explanar a relação entre depressão e suicídio em idosos.

Eixo:
II – Práticas profissionais da psicologia em contextos sem muros

Processo:
Processos Investigativos


Apresentações:

Depressão e comportamento suicida na infância e adolescência
– Gabriela Cremasco – CAPES
A depressão é um dos transtornos mentais mais incapacitantes, que atinge pessoas de diferentes faixas etárias, sendo um dos principais fatores de risco para o suicídio. Em crianças e adolescentes, especificamente, passou a ser reconhecida no âmbito científico somente a partir da década de 1970. Atualmente, diversas pesquisas têm sido desenvolvidas a respeito do assunto, tendo em vista os impactos e prejuízos que a depressão ocasiona a nível pessoal e social. Apesar de ter características em comum com a depressão no adulto, é importante considerar as particularidades da depressão na população infanto-juvenil. Trata-se de um diagnóstico complexo, que requer um grande domínio do assunto por parte do profissional, tendo em vista que a depressão pode apresentar aspectos semelhantes aos de diversos outros transtornos. Assim, o objetivo do presente trabalho é discutir os principais sintomas da depressão em crianças e adolescentes, dados epidemiológicos, comorbidades, fatores de risco e de proteção, o trabalho do psicólogo em parceria com a escola, além da relação entre a depressão e do comportamento suicida nessa faixa etária.

Depressão e suicídio na fase adulta
– Felipe Cunha – CAPES
Os transtornos mentais de uma forma geral, vêm afetando a população mundial cada vez mais. O transtorno mais recorrente nos últimos anos foi a depressão, estimando que até 2030 aproximadamente, em média 300 mil pessoas vão sofrer por algum transtorno depressivo. Dentre os principais sintomas que afetam o público adulto, encontra-se o humor deprimido propriamente dito e/ou a perda do prazer ou interesse das atividades que antes faziam algum sentido para o indivíduo, entre outros sintomas mais vegetativos, como por exemplo aumento ou diminuição do apetite; insônia ou hipersonia. Além disso, existem outros sintomas cognitivos, importantes na manutenção e intensidade dos sintomas depressivo; sendo os mais comuns: sentimentos de inutilidade ou culpa excessivas, pensamentos negativos e distorcidos da realidade e a ideação suicida. O fenômeno do suicídio também é muito frequente nos depressivos, estimando que até o ano de 2012, aproximadamente, quase 10 mil homens cometeram o ato do autoextermínio no Brasil, e as mulheres alcançou quase 2,700 casos de morte. Levando em consideração esse agravamento tanto da depressão quando do suicídio, o objetivo geral da mesa é discutir as importâncias de explorar e comentar sobre os principais fatores de riscos e protetivos oriundos da população adulta.

Suicídio no idoso: O antecipar da morte
– Naira Ravanny de S Lima – CAPES
A depressão e suicídio no idoso possuem alta incidência em relação as outras etapas da vida. Os pensamentos de morte são fenômenos comuns para essa faixa etária, verificando-se que em diversos países o maior grupo de risco para o suicídio corresponde a essa faixa de idade. A depressão também se apresenta com alta incidência para o grupo, muitas vezes associada a comorbidades como doenças crônicas e mentais. Um diagnóstico diferencial pode excluir a hipótese de a depressão apresentada estar associada a um déficit cognitivo ou demência, por exemplo. Dessa forma, alguns instrumentos estão disponíveis para a avaliação de sintomas depressivos na população idosa e uma vez que a população acima de 60 anos é a que mais cresce no Brasil e em vários países, deve-se estar atento para os problemas sociais e de saúde que a afetam. Nesse sentido, o objetivo dessa apresentação é explanar a relação entre depressão e suicídio em idosos, compreendo os critérios diagnósticos, epidemiologia e fatores de risco.