Conferencista:
George Barbosa (ABRAP)
Resumo:
Resiliência em seu desenvolvimento teórico e aplicações práticas, tem passado por períodos distintos. Compreendida inicialmente como fatorial e traço de personalidade, foi depois entendida como derivada de fatores externos de proteção como escola, clubes, igreja e família. Contemporaneamente é tida como um binômio entre homem e a natureza conjugados e co-evoluindo. Áreas cognitivas altamente imprevisíveis, complexas e flexíveis germinam comportamentos resilientes. Suas aplicações atuais, geradoras de condição de proteção e sustentação da saúde, assumem que, suscitada pela angústia aguda e/ou crônica, a resiliência se desenvolve quando ocorre uma contínua interatividade entre cognição / emoção – que se expressa por meio de modelos de crenças -, e os recursos externos (ambiente). Gerando assim o comportamento resiliente objetivo. Decorre disso as enormes possibilidades de aplicações e intervenções como: a) no campo da educação (currículo em resiliência), b) formação de hábitos (gestão financeira, alimentação), c) da socialização (inclusão de crianças, adolescentes e jovens), d) do empoderamento coletivo (novas percepção de nações, o papel da mulher / idosos) e) do treinamento (capacitação no esporte e organizações), f) pesquisas de psicoterapia, entre tantas. Um exemplo, em nossa pesquisa atual: Psicoterapia na Abordagem Resiliente (PAR), calcada na terapia cognitiva de Beck, promovemos a ressignificação de sistemas básicos de crenças viabilizando a geração de mudanças em agrupamentos de crenças favorecendo o relato de comportamentos resilientes. Nossas conclusões vêm identificando que as mudanças aludidas efetivamente se referem à promoção da saúde. Hoje, a resiliência se abrindo para campos como as neurociências, é dos maiores desafios para a psicologia.
Eixo:
I – A psicologia e a superação das desigualdades no acesso e qualidade da formação em psicologia
Processo:
Processos Terapêuticos